Com os crescentes avanços em TI – Tecnologia da Informação, o serviço contábil ampliou desafiante e espantosamente seus horizontes. Através da tecnologia e da internet, cada vez mais se sofisticam os meios de comunicação e controle de tudo que se produz na indústria, no comércio e no serviço e, por conseguinte, a base e o fato gerador de tributos nunca foram tão facilmente conhecidos por quem mais interessa: o Fisco.
As obrigações acessórias que são o meio pelo qual são informados os fatos geradores do tributo, e as quais se sujeitam as empresas e entidades, se multiplicam, por vezes tudo parecendo dizer não haver melhor interlocução entre as divisões da arrecadação tributária, vista a vastidão e repetição de informações que poderiam ser reunidas e simplificadas, o que traz ao dia a dia da atividade contábil desafios permanentes de capacitação de operadores, otimização de tempo e processos. É certo que há prenúncios de que esta realidade receba modificações importantes à medida que avançam a efetivação e o refino dos ambientes do e-Social e do SPED.
Os desafios são constantes e lançam os operadores do serviço contábil a adoção de paradigmas exigentes em capacitação profissional. Poucas atividades são submetidas à necessidade tão permanente de reciclagem e treinamento. Isto eleva os custos operacionais das empresas e terceirizadas da atividade contábil - entendendo-se as organizações contábeis -, que quase nunca são facilmente transferíveis para o preço do serviço contábil.
A atividade contábil é de alto risco, porquanto, a responsabilidade civil objetiva na prestação do serviço contábil é sempre um fantasma a assombrar contabilistas e organizações contábeis. Disso resulta a imprescindível necessidade de vigilância e capacitação técnica e operativa.
A despeito de numerosos e competitivos, os contabilistas mantêm bom nível de união, e algumas iniciativas conjuntas denunciam o grau de consciência da classe com a necessidade de comprometimento com a excelência do serviço.
Esta semana a CDL de Balneário Piçarras, por iniciativa de sua presidente Erlaine Eugênio e seus diretores, oportunizou a criação do Núcleo dos Contabilistas, que terá por escopo estabelecer um fórum permanente para discussões de interesse da classe contábil, oferecendo um ambiente de integração e intercâmbio de informações e conhecimento, desenvolvimento de ações facilitadoras à adoção de tecnologias, e de fomento à capacitação profissional.
Uma classe forte e valorizada depende antes de tudo, de sua autovalorização e consciência de sua altivez profissional. A criação do Núcleo dos Contabilistas da CDL é uma iniciativa afirmativa neste sentido.
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